quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ontem


Correndo acima de nós sem um momento para chegar...
Arrastando espaços, 
transformando matéria em história.
Capaz de ver além de meus pensamentos
fazendo da estrada apenas uma reflexão.

Olhando o sol cruzar a janela...
Olhando a lua além do horizonte...
Vi meus fantasmas virarem lembranças.
Vi as lembranças, virarem lições.

Como se não houvesse amanhã,
esperamos eternamente os motivos...

Sei que o tempo passa tão rápido
implacável e impecável,
perdemos o agora...
Viva antes que chegue o depois.

Nunca esteve escrito nas estrelas,
nunca esteve escrito em qualquer outro lugar...
Vem de você e para você vai...
A responsabilidade pelo dia de hoje é inteiramente sua.

Não importa o quanto ainda tenha sobrado...
Tudo o que tem agora em pouco vira nada...
E o mundo gira seguindo o curso natural,
então o que antes parecia eterno,
hoje durou pouco de mais.

Estamos nessa a tanto tempo,
sempre procurando um pouco mais do mesmo.
Sem estresse, sem espera.
O tempo chega para cada um,
mudando ou levando,
ele nunca deverá falhar.

Questões mal-resolvidas,
dias não vividos...
Está tudo na sua mão agora,
não deixe o rio levar
o que conseguiu guardar.

Eu me sinto estranhamente diferente...
Mas isso me parece igual,
ontem eu olhei para trás e vi que realmente era....
Lembranças empoeiradas e um livro de lições
ao final da estrada foram elas que valeram.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Sete passos além do tempo



Vivemos em busca de um momento único
sem saber que a vida é construída a partir de muitos deles
Momentos esses que passam na velocidade da luz,
ensinando que quando se espera de mais...
O nada é que se tem.

Do pó ao pó,
um ponto no meio da escuridão.
Como poderia ser o centro?
Diziam que nada dura para sempre...
O que não sabiam,
é que a eternidade é feita de mentes pensantes.

E por aí vamos,
sem descobrir tanto do universo...
Mas com fogo no coração.

Há anos luz daqui ,
brilha em meio a imensidão
uma luz, quem sabe uma constelação.
Desconhecida, ainda em maturação...
Arrogante, desabitada e em constante expansão.

Que arrogância pensar que eramos apenas nós...
Libertando a consciência para pairar por aí,
não sei bem mais a que universo pertencer.

Sinto o vento em meus dedos,
e sei que tudo isso é real.
Até onde vamos e viemos?
Julgados pelos constantes momentos de fraqueza,
engatinhamos sem a sabedoria de que isso, 
assim como nós, 
também se acaba.