domingo, 7 de outubro de 2012

Andando pela linha do horizonte




Eu conheci um cara,
ele era tão diferente dos outros.
Parecia ter tantos problemas,
mas de alguma forma,
ela ainda estava em pé.

E toda noite que passava,
lá estava ele chorando...
Os cortes eram apenas uma consequência,
de algo que não tinha fim.
E quem disse que amar pode ser bom?
Ele ia dormir desejando não acordar.
Mas qual estrada é a certa?
Ele apenas queria intender,
como o tempo pode tornar alguém tão frio.

Estávamos conversando,
como um soldado ferido
ele sangrava tanto.
"Hey, não se vá agora" eu dizia
e ele dizia que teria que ir.
Mas a estrada era tão grande,
então porque interrompe-la toda uma vez?

Ele dizia que não rezava,
ele dizia que não acreditava.
Mas nem por isso deixou de ser forte,
nem por isso deu toda a vida,
por causas que não se vale acreditar.

Muito perdido por pouco,
então ele fez seu último voo.
Eternizado nas lembranças,
não seria um último suspiro...
Mas o vento gelado acabou de o levar.

Andando pela linha,
que corta o horizonte.
Seria tão mais fácil,
se ele fosse fraco desde o início.

Com a alma descansando,
no fundo do oceano...
Tentando sonhar com algo,
que ainda não apareceu.

Morto somente,
ou quem sabe ele volte no próximo inverno.
Mas só Deus sabe,
o quanto é frio ter que viver...
Olhando para o passado.

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