terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Fundo do oceano




Existe uma lenda,
dizendo que um dia choraremos pelo oceano.
Eu olho o sol nascer vermelho,
pois todo o sangue já foi derramado.
E ainda tento intender,
como fomos fazer do nosso lugar, esse inferno.

E tudo o que foi criado,
desaparecendo está.
Como a partícula de carbono
que você escolheu abraçar,
eu tento viver,
mas já é impossível respirar.
O tempo esta se esgotando,
e eu tentando me encontrar.

O que poderia ter sido decidido,
agora ganhou mais 2 lados,
verdade e mentira correndo juntas
na luta pelo dinheiro.

E onde foi parar o céu,
que um dia era azul?

De fora, ainda está tudo igual.
Mas dentro é um inferno.
De norte a sul.
Tudo mudando,
e todos chorando.
Como aproveitar uma vida,
quando estar nela é só uma questão de tempo?

Eu realmente queria saber,
o que quero dizer com isso.

O plano traçado,
jamais foi cumprido.
A paz, ela se afogou
no rio que corre tão poluído.
Eu não tenho uma solução,
enquanto o povo me oferece uma ilusão.

O mar está chorando,
e a lua já vê o fim.
E até quando isso vai?
Matando para viver,
o mundo inteiro está de luto.
Enquanto quem vive nele,
não é capaz de notar,
não é capaz de o amar.

Agora, em silêncio,
eu deixo a onda me levar.
Na paz do oceano,
eu deixo uma lágrima escorrer.
Eu sinto pena do mundo que parece desistir,
a minha alma ainda calma, começa a desaparecer.
Consequência das feridas que não me deixaram resistir.

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