quinta-feira, 20 de junho de 2013
Se foi, mais um vez
Eram mais ou menos três da manhã,
mas quem iria ligar?
Ele estava ali,
e nada iria mudar.
Às vezes o pensamento machuca,
cortando as azas de quem deseja voar...
Não havia mais um futuro,
não para acreditar.
E porque resistir tanto?
Não conhecemos a vontade de voar...
E é fraco aquele que deseja a paz,
por pensar que depois da tempestade...
Existe um novo dia para nascer.
É a história segue o curso,
ainda que seja difícil imaginar...
Lembro muito pouco daquele tempo...
Às vezes ele mudava,
e às vezes ele sorria.
E com o olhar vazio,
esperava todo o dia um destino chegar.
Então ele dizia que da vida ninguém escapa,
e nada poderia mudar isso.
E quem sabe por esperar de mais...
Foi esquecido no silêncio do pôr-do-sol.
E sem querer,
ele foi desaparecendo...
Enquanto o tempo corria,
e o dia escurecia...
Veja, agora ninguém irá salvar...
Veja, as ondas que levam da praia
toda esperança que havia em seus olhos.
Pintando o chão de vermelho.
E agora ele está voando,
até a lua...
E ele virará uma estrela,
quem sabe a menos brilhante...
Mas de qualquer forma,
ainda estará lá.
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