Tem sido fácil rir pelas coisas certas...
O tempo passa tão rápido,
deixando a incerteza
do que antes parecia certo.
Já não sei se a vida funciona como um ciclo...
E talvez a ordem natural
não esteja escrita, da forma em que pensávamos.
Talvez o rio siga o curso e logo eu entenda meu caminho aqui.
Mas e se, realmente não for isso?
Tenho corrido por aí, quase voado,
então tenho percebido que na maioria do tempo
tenho permanecido calado.
Escuto distante em minha mente...
Uma voz dizendo que não era para ser assim.
O eu de dez anos atrás não entende
que o tempo fere,
e nós desaparecemos um pouco
quando deixamos de tentar.
Às vezes me pergunto se tenho crescido ou mudado...
Ou se o ato de crescer é simplesmente mudar.
O ponteiro do relógio não para de passar,
apesar de que ainda tenho muito tempo para gastar.
Não nos foi permitido o enganar,
parar ou tão pouco o retomar.
Até que ponto iria poder chegar,
até onde iria me reconhecer?
Falo sozinho às vezes,
não por insanidade,
talvez por medo.
As faces viradas e os espelhos que não me refletem...
Penso agora em todos os julgados que apenas pensaram em mudar.
Vejo o penhasco, mas não o temo,
sei que, como tudo, a vida também acaba.
Eis que me jogo...
Mirando a reta que deveria ser a chegada...
Então o vento me leva para longe,
me surpreendendo com o voo solo,
que em outrora não tinha conseguido arriscar.
Percebi que estava livre para realmente pensar...
Imaginar daqui até o horizonte...
Tenho visto em cada passo uma nova possibilidade,
aprendi da pior forma onde meu medo não pode me levar.
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