O que somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual é o sentido de aqui estarmos?Algumas perguntas alimentam nossas mentes, outras o nosso ego. A questão é saber o questionamento correto e quando fazê-lo. Eu próprio muito questionei, muito debati e embora tenha pouca idade, penso agora que muitas foram às vezes em que o silêncio teria sido a melhor resposta, ou, até mesmo, a melhor pergunta. Diante às idas e vindas da vida, em algum momento, compreendemos que o aprendizado não está em entender, mas sim em vivenciar, que o potencial do ser humano não está no que se pode desenvolver, mas em nossa natureza, no fato de um bom humano poder ser. Quantas foram as vezes em que já ficamos à margem de nós mesmos pelo medo de atravessar o rio? Seguindo uma vida de escolhas superficiais e padronizadas, nos preocupamos em achar o grande amor à cada esquina, esquecendo que essa vida é uma viagem sem volta. De nada adianta que os pensamentos se libertem, uma vez que os mesmos não sejam capazes de se transformar, pois a liberdade não está no que se faz, mas sim em como nos sentimos enquanto fazemos. Essa desculpa de que nada se transforma é velha, não transcende nem mesmo as leis da física. Na verdade existe tempo para amar, para sorrir e até mesmo chorar, no entanto meu único desejo é que nunca nos falte tempo para sentir, que nunca falte tempo para tentar. Vejo que nossa inconsequente busca por mais do mesmo, nos faz o culpar o próprio tempo. Esquecemos de sua relatividade perante bons e maus momentos, no entanto, disso não me cabe falar, mal entendo, das questões que a vida me trás, mas na real... Quem entende? Não entendo a nossa necessidade em buscar a perfeição, mesmo sabendo que ela não pode estar em nossas mãos. Pelo amor acabei me deixar levar, sem procurar o que é perfeito em um olhar, mergulhei em olhos negros, como a noite, e de lá não espero voltar. Deixei de lado a velha história do padrão, do cedo de mais, do desconhecido de mais. Aprendi da melhor forma que a vida machuca e também cura, de que o amor não está no que damos ou recebemos, mas sim em quanto estamos dispostos a acolher, ceder e se entregar. Que não tenhamos mais medo de nos deixar levar, que um coração que se feriu não pense mais em ferir para se recuperar, que o ato de sentir fale mais alto do que calar. Espero que, para sempre, seja tempo de amar.
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
O que é nosso? O que é da vida?
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