Essa noite um raio cruzou meu céu.
Eu andava voando tão baixo,
vendo fotos nas paredes
e memórias de algumas coisas boas que se foram.
Cometi erros e acertos,
talvez eu tenha visto as coisas do modo errado.
Nunca fui tão grande ao ponto de suportar o mundo,
nem tão pequeno para não enfrenta-lo cara a cara.
Sem perguntas ou pensamentos,
sem lições de moral depois dos meus erros...
Você vê, tem sido um após o outro,
e assim se forma o livro que chamo de vida.
Estou olhando para seus olhos agora,
é tão tarde e logo nosso tempo vai acabar...
Mas não é crime sonhar.
Você não deve lembrar,
mas tudo já foi nada
e o nada agora é tudo.
E nessas palavras confusas
eu tento achar algo certo pra mim.
O tempo é curto,
e ele escorre por minhas mãos.
Eu sei que além dessa noite,
você não estará em meus braços, talvez.
Mas é tão difícil falar do universo
quando meu pensamento acha ele tão pequeno perto de você.
Eu tenho tantos medos,
de mais para contar em meus dedos.
Ainda vejo as mesmas fotos na parede
e ainda tenho os mesmo sentimentos e sonhos.
Mas a vida me ensinou desistir um pouco das coisas,
que um dia me fizeram sorrir.
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