quarta-feira, 30 de março de 2016

Leonis

Sem olhar para trás
dissemos adeus antes do último ato.
Te vejo desaparecer lentamente...
Caminhando através daquela noite, 
que para sempre durou.

Logo o tempo, tão indiferente,
agora desacelera e acelera até a velocidade da luz...
Uma eternidade se passou até então...
Tantos passos em uma só direção.

Observo as estrelas, como teu rosto.
Faço de minhas próprias palavras, lembranças...
Recordações de como nem sempre acaba bem.

Então como pássaros feridos, voamos...
Em contrapartida a tudo que, um dia, acreditamos.
Recebemos caminhos diferentes,
apesar de transparecermos pensamentos iguais.

O que é real?
Você parecia um pouco para mim,
mas toda virtualidade e superficialidade,
não te traz de volta...

Ultimamente tenho observado apenas meus passos...
Como aquela carta escrita na areia se apagou com a onda...
Você aos poucos se apagou.
Nem sempre da certo, é tudo o que se diz.
Nem sempre até logo, significa retornar outra vez.

Por aí



Tempo de esquecer,
de viver e reviver.
Seguir nossa natureza...
Inventar uma outra visão.

Cada grande ensinamento passado...
Cada grande história escrita...
Às vezes é difícil viver sem transparecer.

Procurar por ai o que está dentro de nós?
Que ideia errada temos de onde viemos e para onde vamos.
Você vive aquilo que é,
mas tudo aquilo que poderia ter sido pode mesmo corroer aos poucos.

Errados e certos,
corremos por aí temendo o céu azul...
Todo pensamento lógico desmontado como aquele átomo...
Se dividindo e expandindo...

Veja o horizonte
e nossa luta constante para chegar até ele...
Tudo tão calmo lá encima,
lembra de como o silêncio costumava nos assustar?

Os dias correm...
Talvez o tempo acabe falando por nós,
talvez ele fale por tudo aqui.
Eu acabei entendendo,
para onde vai toda vida...
E de onde ela mesma consegue vir...
Está dentro de nós,
onde sempre deveria ter estado, 
onde sempre deveríamos procurar primeiro.

Entre estrelas



Caminhávamos de mãos dadas com a vida,
sem tempo a perder, com o mundo a ganhar.
Vivíamos como se não houvesse fim...
Padecemos antes mesmo de o aceitar...

Na velocidade da luz vamos e viemos...
Na velocidade do amor, conhecemos e confiamos.

A condição humana, falha por natureza,
não me ajuda a enxergar.
Já eu...
Imperfeito pelo fato de apoia-lá...
Sigo seus passos,
procurando uma outra explicação para o universo.
Arrastando através do buraco negro,
toda fé que teima em me cegar.

Por um momento esqueço-me da vida e de como ela é...
Perco-me por aí, em meio às estrela...
Sem me preocupar com o tempo que me é roubado.
Aqui de cima reconheço o infinito
e toda eternidade que um dia ansiei em aceitar.

Assustei-me ao encarar a idade
a crescer e entender a tal maturidade.
Hoje me vejo em direção ao voo solo,
radiante de mais para pensar em voltar,
inseguro de mais para não repensar.

Lembro-me das histórias e da simplicidade...
Coisas simplórias, que traziam a felicidade.
Hoje, as causas mudaram...
Daquelas velhas lembranças, ficou a saudade.

Desistir de desistir?
Talvez seja o começo...
O retrocesso da paz
e o fim do sossego.

Minha fé é diferente, une a razão, ciência e o tempo presente...
Por certo que observo, nunca me foi dado o dom da paciência.
Mas nas noites por aí, prezo por um mundo harmônico,
que tem como única arma a sabedoria da consciência.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Que sejamos fortes


Ligado ao universo,
escondido entre as estrelas...
Procurando outro sistema por aí.
Separando-se, simplesmente, para explodir.

Entende como funciona?
Em intimo com a noite vivemos...
Com o vento, como poeira...
Desaparecemos.

O tempo é o que se foi...
Equalizado através dos corações.
As histórias que a intimidade irreal nos fez deixar para lá,
transformaram em partículas superficiais 
toda capacidade de amar.

Que sejamos fortes o suficiente até o sol voltar.

Antes de dividir teu espaço, tempo e relatividade, 
entenda tua essência de forma intensa, 
saiba observar a infinidade de consequências escondidas
no eterno milésimo das decisões que te regem.

Imagine o que há por aí
o brilho dos teus escuros olhos me faz querer voar...
Tenho voltado e mergulhado
fundo de mais para poder contar.